Star Wars D6 (WEG)

Star Wars old school? Sim!

Iniciando hoje, tentarei pontuar os prós e contras de cada uma das versões oficiais de Star Wars.

Foi em 1997 que coloquei as mãos finalmente, em um RPG oficial de Star Wars. Depois de jogar a adaptação para Storyteller feita pela Dragão Brasil. Logo, mestrar o jogo licenciado foi um sonho. A versão analisada hoje, era a recém lançada, a 2ª edição revisada e ampliada. Foi um momento ideal, pois era o lançamento das versões remasterizadas da trilogia clássica, já havia muito material expandido na forma de quadrinhos, literatura e jogos eletrônicos e todos voltavam a falar dos filmes.

O sistema era bem simples: só usava o dado de 6 faces (daí o apelido Star Wars D6), sendo que um dos dados, deveria ser diferenciado (seja em cor ou tamanho. Se nesse dado especial (chamado de Wild Die) desse 1, você retirava o maior dado do seu teste. Além disso, mesmo que atingisse o número-alvo, algo ruim aconteceria. Do outro lado, um 6 nesse dado, soma-se e continuava jogando o mesmo dado, até cair algo diferente de um 6, permitindo feitos épicos de fato.

E era possível jogar como um jedi? Sim. Bastava pintar um caixinha na ficha de personagem, indicando que o mesmo era Force-Sensitive. Nada de regras, talentos, etc. Era sim ou não. Alguém pode achar estranho isso. “Mas aí todo mundo vai querer jogar de jedi!”, OK, se o Mestre permitir uma campanha com esse foco. Muitos obstáculos in game, acompanhavam essa escolha: encontrar um mestre, Jedi são lendas e se encontrados, são caçados até a morte por agentes do Império. Acarretavam em mais pontos para gastar com Force Skills (que mecanicamente, funcionavam como as outras perícias). Detalhe que até personagens não-sensitivos iniciavam o jogo com 1 Force Point (que ao ser “queimado”, permitia DOBRAR os dados de um teste); Seu personagem pode achar que foi uma questão de sorte, destino, etc. Essa decisão é feita na concepção do personagem. A criação de personagem ainda solicitava estabelecer um vínculo inicial com algum outro personagem: se são parentes, se já trabalharam juntos, se serviram no mesmo pelotão, antigos amantes, etc. Não há uma lista, sua imaginação é o limite.

O último pilar do jogo eram os Templates, são quase como classes de personagem, mas ficarei com a denominação Arquétipos. As últimas páginas do livro estão repletas deles, mas existe uma seção própria para criar os seus próprios e todos eles possuem certo nível de customização. É uma ferramenta que acelera bastante a criação de personagem, além de guiar o conceito para o jogador melhor visualizar quem desejar ser nesse universo.

PONTOS FRACOS:

- Esgotado: o livro em si é um desses artigos raros, com a galera vendendo entre R$100 a R$200. Se procurar direitinho pela internet, encontra-se uma versão atual expandida não-oficial, feita por um fã das antigas. Vale conferir.
- Em inglês: essa versão nunca recebeu versão oficial traduzida.
- Datado: o material tem como base os filmes clássicos e o universo expandido existente em 1997. O Mestre de jogo terá trabalho se quiser emular com perfeição poderes da Força, raças e naves, que vieram depois.  

PONTOS FORTES:

- Regras fáceis de aprender: soma-se um atributo com uma perícia. Joga-se essa mesma quantidade em dados de 6 faces. Some as resultados, tente passar pelo número-alvo estipulado pelo Mestre de jogo. 
- Evolução de personagem simplificada: acumule pontos de experiência durante a sessão, gaste para aumentar as perícias ou atributos em taxas específicas.
- Dramático e empolgante: miniaturas são bem opcionais. O jogo é muito bem jogando no “teatro da mente”. O uso dos Pontos da Força geram momentos cinematográficos. Além disso, o jogo é bastante letal. Cada personagem consegue sobreviver a 2 ou 3 ferimentos, depois disso, tombará e estará correndo sérios riscos de morte. Portanto, procure abrigo. Corra de um grupo de Stormtroopers, como fez Han Solo em Uma Nova Esperança.
- Jogo bonito: o livro é lindo. Repleto de fotografias da trilogia clássica e “novos personagens” criados para servirem de “guias” durante os capítulos. É um livro bonito até hoje, com um clima “old school” que acho bem-vindo.


Até a próxima, com a análise do Star Wars D20 Revisado!

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